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Como morremos aos poucos

  • Raimundo Natalier
  • 14 de jul. de 2016
  • 1 min de leitura

Morremos gradativamente.


Sim, todos os dias perdemos um pouco, ou deixamos de ganhar, por tantas coisas que deixamos para trás ou por simplesmente negligenciar.


Falecemos por fazer o proibido, por continuarmos fazendo o que nos tirará tempo mais adiante, abdicamos do futuro pelo agora, para vivenciar o presente.


Ceifamos nossa existência por deixarmos de fazer o que queremos, por preocupar-nos demasiadamente com o que falarão, por colocar o julgo alheio antes do nosso.


Chegamos mais perto do fim porque é difícil abdicarmos do que é "bom", do que nos faz bem, e viramos escravos disso, do desejo, do uso, da presença.


Vamos rumo ao final porque é complicado esquecermos o restante, é dispendioso não se importar com as consequências, com o que será pensado sobre.


E assim chegamos a morrer aos poucos, consumidos pelos desejos, pelos amores, pelos vícios, e pelos vínculos aos julgamentos, aos receios, aos medos. Principalmente pelos e se's, que nos impediram de ir além do que queríamos e nos tirarão o futuro que desejamos, e é dessa maneira que vamos nos desfazendo parcialmente, dia após dia.


 
 
 

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