Um salve aos(às) poetas
Aos poetas, novamente minha gratidão, rebeldes, enfrentem o mundo com palavras, suas armas jamais foram físicas, a dor que causam vai além da superficialidade, e suas vitórias, todas estão escritas, seus escritos são a vitória.
Travam todos os dias guerras infindáveis, são desafios que jamais encontram um ponto de parada, ou talvez nunca o acharão, afinal, sempre haverá o porquê escrever, algo por que sentir, alguém pela qual sofrer, e objetivos pelos quais sorrir.
Logo eles, que estão tão dispostos à vida, tão entregues ao mundo, filhos do presente, netos do passado, pais do futuro. Os poetas, consequência da atualidade, esta, do póstero, e o vindouro, cria dos que vivem, dos que estão abertos a construí-lo, logo, filho dos poetas.
Eles, que carregam o peso da emoção consigo, que não deixam os detalhes passarem despercebidos, que ainda veem a beleza das minúcias. São marginais, necessitam viver pelos cantos, às vezes postos de lado, a realidade não os permite estar entre todos, ou até sim, mas incompreendidamente, e para quê indiferença maior que a ignorância.
Além de serem contraventores, fazem mesmo questão de não seguir alguns princípios, de quebrar algumas regras, de nunca serem sempre tradicionalmente os menos, de a todo momento mudar, afinal, eles sabem mais do que ninguém, que não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade profundamente doente, como bem dito por Jiddu Krishnamurti.
Portanto, um salve a eles(as), por tornarem a vivência menos difícil, os dias com mais cores, as interpretações mais ricas, as leituras com mais sabores.