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E no fim, quem ousará dizer que não valeu a pena?



Eu abro meu mundo, tenho sido um livro aberto, disposto a tudo, tenho conversado muito, sem pudor, de peito escancarado, dando a cara para bater.


Não faço questão de esconder meus medos, não tenho receio de mostrar meus anseios, de colocar para fora o que me assusta, o que me tira o sono, aquilo que me rouba a calma.


Todos sabem, se eu não contei, alguém contou, mostro minha pior faceta, aquela que gera repulsa, e se não causou, ainda vai acontecer, é questão de tempo.


Não tenho corrido atrás de grandes feitos, sigo com mais dúvidas do que certezas, tenho falado o que acho, sem muitas restrições.


E me impressionam os que continuam ao meu lado depois de tudo isso, após ver o mais deplorável, depois de terem me visto imoral.


Mas ainda mais os que me viram despidos de espírito, sem condições de levantar, ou quando estive cheio de mim, lotado de ego, e ainda assim não me deixaram para trás ou não permitiram que me afogasse em meu Narciso.


Exposto tenho caminhado, sem uma armadura, acessível de todos os lados, atingível em cada aresta, sendo vítima em alguns momentos, e culpado em tantos outros, porém, pronto para ser lido e escrito.


Não é fácil ser um livro aberto, às vezes se é incompreendido, em alguns momentos, mal interpretado, escrevem em linhas tortas e quem chega depois não consegue entender.


Apesar de tudo, há graça nisso, em seguir desarmado, despido, alguns não lidam bem com nudez, outros só sentem-se seguros empunhando armas, não sei onde isso vai dar, talvez só comece a fazer sentido depois da morte, e quando isso acabar, quem ousará dizer que não valeu a pena?


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