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Eu nunca soube do fim




Eu nunca soube do fim, nunca me pareceu aprazível saber como seria a finda imagem, se me confrontassem para que eu finalmente soubesse o destino, eu teria medo, pois não há intenção alguma dentro de mim de pular etapas, de correr na frente, de adiantar passos, de ter pressa, e não porquê ela é inimiga da perfeição, porque também não me enche os olhos que o fim seja impecável, mas que ele tenha minha face, que seja meu. Minhas consequências, minhas provações, assim haverá de ser o derradeiro momento, um misto intenso de causalidades e decisões tomadas amiúde, mas que eu jamais gostaria de saber de forma precipitada onde elas levarão, pois estou mais preocupado com o percurso, onde iremos é um detalhe, um mero desfrute. De nada adiantará se não vermos o desfecho como um repouso, o enfim descansar, então sim, estaremos pondo nossas expectativas em solos férteis, fazendo todo o caminhar ter valido a pena, que enfim saibamos chegar a um desfecho, que entre alguns degraus existam extensos espaços abertos, para que possamos esquecer um pouco o destino e desfrutemos das paradas, a chegada nunca fará sentido se você sequer entendeu a trajetória, há mais nesta do que gostaríamos e há menos naquela do que imaginamos.




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